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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Em tarde de Chuck, Inter vence o Juventus na Rua Javari e embala


*** Por Roberto Lucato

O dia amanheceu claro em São Paulo, mas, no período da tarde, nuvens carregadas se posicionaram sobre o estádio do Juventus, na Rua Javari. O time da casa não previa, mas eram as nuvens de Chuck, que só não fez chover na vitória da Internacional, por 2 a 0, que chegou aos 27 pontos.

O técnico Claudemir Peixoto mandou a campo uma equipe cautelosa, porém, sem medo de agredir o adversário, que necessitava da vitória para continuar sonhando com a classificação. Isso explica os primeiros ataques favoráveis à equipe da casa, o primeiro com Fabiano Gadelha, aos 10 minutos. Ele avançou com liberdade, e bateu sem direção.

A resposta da Veterana aconteceria aos 12 minutos, quando Luis Mário cruzou alto para Jardel, que escorou a bola para Ricardo. No chute a bola entrou, mas o lance foi invalidado por impedimento. Luis Mário, na verdade, demorou para encontrar sua faixa no gramado. Ora pela direita, ora pela esquerda, o maestro leonino não repetiu as exibições anteriores até a metade da primeira etapa e, em função disso, Chuck e Jardel não eram alimentados como poderiam.

O Juventus tentava atacar na base do abafa, como no cabeceio de Renato aos 20, obrigando Carioca a praticar fácil defesa. Pouco antes da abertura do placar, mais um lance de perigo da alvinegra. Luis Mário cobrou uma falta pelo setor direito e a bola atravessou toda a grande área, encontrando Cleber Luis acompanhando o lance. Na hora de tocar, o chute saiu travado e sem perigo para as metas de André Dias.

No contra-ataque, o primeiro gol. Chuck fora lançado como um ponta esquerda, ganhou incrivelmente na velocidade de Alan e aproximou-se da área. Os defensores esperavam mais um drible, ou um passe, mas ele fez diferente e arriscou, tiro seco, a meia altura. O goleiro André Dias tentou se esticar, mas pulou tarde, e estava decretada a abertura do placar.

A Inter poderia ter ampliado aos 41, quando Luis Mário se incumbiu de cobrar uma falta a dez metros da risca da área. O tiro saiu forte, no ângulo esquerdo do goleiro juventino, que desta vez, atento, fez um milagre e mandou para escanteio, de mão trocada.

Na segunda etapa, o que era esperado aconteceu, ou seja, a pressão do Juventus desde os primeiros minutos. A Inter correu seus riscos, especialmente porque Ricardo e Cleberson haviam terminado a primeira etapa com cartões amarelos nas costas.

A equipe grená estava totalmente pilhada e tentava contaminar seus adversários na base da provocação, especialmente contra Ricardo, ex-atleta no clube da capital. Mas se a pressão acontecia, as chances de gol eram praticamente inexistentes.

Os comandados de Luis Carlos Ferreira não possuíam qualidades suficientes para vencer, mais uma vez, o bem postado miolo de zaga da Internacional, especialmente pelo alto. Apenas o meia Thiago Heinz tentava a aproximação ao ataque, mas não saía daquele quadradinho, quando as dimensões do gramado são pequenas: a busca incansável pelo chuveirinho.

A Inter quase ampliaria aos 20 minutos, depois que Rodnei experimentou um chute forte de fora a área. O goleiro rebateu e Luis Mário, na pequena área, ficou com o gol à sua frente e chutou por cima, mas o árbitro já havia assinalado impedimento.

Nessa altura, a Inter estava muito recuada e só um gol poderia trazer a partida à normalidade. Chuck se incumbiu de fazê-lo, novamente. Depois de não desistir de uma bola espirrada ao setor ofensivo, ele recuperou a gorduchinha, se livrou do marcador a bateu rasteiro, cruzado, forte, para desespero de André Dias.

A ampliação foi uma ducha de água fria. A equipe grená não era nem a sombra daquele elenco disposto nos primeiros minutos da segunda etapa, porém, aos 34 minutos, um lance poderia ter mudado o marcador. Goiano disputou uma bola erguida na área com o atacante Bruno Santiago, e o árbitro José Cláudio entendeu que houve empurrão.

O resultado foi a marcação de uma penalidade máxima, e Thiago Heinz se incumbiu da cobrança. Mãos na cintura e Carlos Carioca, no centro da meta. Ao caminhar e bater, ele viu o goleiro leonino voar como o homem de aço para sua trave esquerda e praticar a defesa, mandando a bola a escanteio, para alegria dos companheiros que, imediatamente, foram abraçá-lo.

Carlos Carioca defende pênalti

Goiano, sempre voluntarioso, poderia ter feito 3 a 0 quando comandou um lance individual, aos 45 minutos. Depois de entrar na área e bater forte o goleiro defendeu, e a bola sobrou em seus pés, mas daí a conclusão foi para fora. Vitória merecida de um time que, no momento certo da competição, vai amadurecendo e colhendo uma sequência de bons resultados.

FICHA TÉCNICA

JUVENTUS 0 X 2 INTERNACIONAL


JUVENTUS: André Dias; Marcelo Santos (Alan, depois Natan), Cícero, Leo e Lucas Pavone; Thiago Renz, Derli, Fabiano Gadelha (Fernandinho) e Élvis; Bruno Santiago e Renato. Técnico: Luis Carlos Ferreira
INTERNACIONAL: Carlos Carioca; Diego, Junior Goiano, Doni e Cléber Luis; Cleberson (Leandrão), Rodney, Ricardo e Luis Mário (Goiano); Jardel (Alex Lima) e Chuck. Técnico: Claudemir Peixoto
Arbitragem: José Cláudio Calógero, auxiliado por Leonardo Chiavo Pedalini e Liliane Aparecida Galdino
Gols: Chuck, para Inter, aos 30 da primeira etapa e aos 25 da segunda.

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